À Procura da Casa Perfeita!

Primeiros Dias em Florença - Parte 2

Primeiros Dias em Florença - Parte 1

2ºDia - Até Florença

O Dia D para Pisa

29/10/2008

A partir de agora só episódios da telenovela italiana!!!

Caros amigos e amigas, a Fettuccine Team decidiu que a partir de agora só irá publicar episódios da sua telenovela italiana! Isto significa que, devido a questões de logística, não serão escritos mais posts! As imagens "falam" mais alto que as palavras... Com os melhores cumprimentos, Fettucci

04/10/2008

Primeiros Dias em Florença

Chegados a Florença…
Deparámo-nos com uma cidade completamente nova e com os encantos inerentes a esta, mas sem tempo para os vislumbrar, uma vez que a noite e a chuva ameaçavam surpreender-nos a qualquer momento.
Foi então que a Fettuccine Team lançou-se em busca do que ainda hoje pensamos chamar-se “Ostello della giuventù” (Pousada da Juventude) … o que não deve estar muito correcto tendo em conta as reacções das pessoas… Mas foi então que Alfreddo Michel Angelo foi ao encontro do que se veio a revelar uma bênção dos céus, a já famosa “florista”. Repare-se… Uma rapariga ao nível das esculturas do verdadeiro Michel Ângelo que sabia onde era o Hostel que procurávamos e que falava uma língua que já pensávamos ser extinta em Itália – Inglês. Dado as circunstâncias em que nos encontrávamos foi inevitável a primeira paixão em Itália por parte do único encalhado da Team, a mulher perfeita no momento certo!
Lá conseguimos coordenadas precisas, não para uma pousada da juventude mas sim para um Hostel com um espírito bastante juvenil, preços muito acessíveis e condições bastante boas (tudo isto graças a ti, Obrigada adorada florista!).
Enquanto Marc’ António e Pippo Loppi tratavam do check-in no Hostel, Michel Angelo esperou na rua a guardar a bagagem e eis que lhe passa à sua frente um trio de pessoas a falar a língua que deveria ser universal – Português! Enquanto se fazia o check-in o nosso Relações Públicas (Marc’ António) decidiu trocar conhecimentos com esses portugueses, tugas estes que vieram a ser grandes amigos nossos nos primeiros tempos em Firenze.
Feito o check-in, qual é a surpresa quando chegamos ao nosso quarto e vemos quatro camas só para nós, uma mini-cozinha, casa de banho privativa e ainda muito espaço para as palhaçadas das quais esta trupe necessita para sobreviver em plena saúde mental (especialmente o nosso elemento mais jovem, Pippo Loppi).
Acordados pela 1ª vez na cidade que nos iria dar leito nos próximos 3 meses e meio decidimos ir em busca de anúncios de casas a alugar e aproveitar para conhecer um pouco de Firenze. Quanto à primeira ideia não foi assim muito rentável, visto que se tratava de um domingo, já a segunda… Digamos que sentimos pela primeira vez a organização completamente assimétrica de Firenze e que andamos por caminhos nunca antes por nós imaginados.
Tratando-se portanto da primeira de muitas vezes que a Fettuccine Team se perderia na sua terra de acolhimento. Pelo meio dessas andanças deparámo-nos com um fenómeno que nos parece ser bastante natural neste belo país, um acidente de automóvel! Enfim… É cultura italiana. Já no regresso a casa encontrámo-nos com um padre bastante simpático que fez questão de pousar para umas poucas de fotos connosco, dar-nos alguns conselhos, ser acariciado por Pippo Loppi, achincalhado pelo Marc’ António e ainda puxar as orelhas a Alfreddo Michel Ângelo pela sua persistência em querer mostrar aos condutores italianos quem é que manda na estrada (estranho o facto de o padre se mexer muito pouco, ou mesmo..nada!).
Pouco depois encontrámos um amigo do padre (no sentido de que se trata de uma estátua) que não foi com a cara da Fettuccine, tornando-se perigoso quando vimos que este tinha um arco com uma flecha apontada a nós. Marc’ António ainda tentou uma abordagem mais simpática, mas pouco depois… Trau! Já tinha sido alvejado pela estátua homicida. Numa tentativa de tentar acalmar a estátua Pippo Loppi tenta dialogar com a estátua mas esta aponta-lhe igualmente a arma. Já perante essa mesma ameaça, Alfreddo recebe o seguinte conselho de Pippo “finge que estás em sofrimento!”, ao qual respondeu com um gesto convicto e dramático: espetar o rabo! Continua por desvendar o porquê desta reacção que tanto chocou toda a equipa.
Foi ainda com o nervoso miudinho do encontro com a estátua homicida que a Fettuccine Team teve motivos para se orgulhar: a primeira buzinadela em Itália! Foi numa travessia arriscada de um semáforo vermelho que Marc’ António e Alfreddo Michel Ângelo foram alvo de achincalho por parte de um condutor italiano, ao qual a reacção natural foi “EHEH! Primeira buzinadela!”, momento guardado em registo fotográfico, isto porque parece-nos que em Itália a primeira buzinadela é como um bebé dar o primeiro passo.
Um bom tempo depois deparámo-nos com um parque infantil, no qual Pippo e Alfreddo aproveitaram para brincar enquanto que Marc’ António, envergonhado pelas figuras dos seus colegas, aproveitou para ter o seu momento romântico do dia, momento esse que foi logo de seguida abandalhado “Ehhhlláá! Mas o que vem a ser isto?! Chamem o Meireles!”.
Antes que Marc’ António caísse em mais momentos iguais ao sucedido devido à beleza florentina, seguimos para o hostel, onde fizemos a primeira noitada no nosso quarto com os já amigos tugas a jogar ao “A aldeia adormece”. A nossa participação nesse jogo baseou-se no seguinte: Pippo Loppi a proferir invariavelmente as seguintes palavras no início de cada ronda “hhmmmmmm cá por mim foi o Sérgio!”, Marc’ António a espalhar o pânico, a acusar toda a gente presente no jogo em todas as rondas e Alfreddo Michel Ângelo descobriu o seu talento em desenvolver pequenas novelas (caso a Educação Física não dê em nada… A TVI parece-lhe uma boa saída). Segunda-Feira… Impecável para irmos procurar casa e tentar resolver qualquer coisa na Faculdade. Pois bem, se pensávamos que tinhamos andado perdidos no dia anterior, esta jornada superou o esperado e o inesperado. O caminho até à Faculdade correu bem, mesmo que não tenhamos entendido muito bem onde teríamos aulas, parece estar cada coisa num sítio diferente e distanciadas a vários minutos de caminhada, enfim, há que não questionar os métodos italianos.
Já o regresso… Valha-nos Deus… Tudo começou num cruzamento em que foi posto em questão se não deveríamos virar à esquerda ao qual Pippo Loppi responde com toda a razão do mundo “É para seguir!”… E pronto… foi aqui que se iniciou uma jornada de longas horas de regresso ao hostel. Bem dita hora em que decidimos pegar no mapa e vermos onde estávamos, ao invés de confiarmos na convicção de Pippo Loppi, pois mais cinco minutos de marcha e provavelmente estaríamos fora do mapa de Firenze!
Só para dar uma noção da volta que fomos dar… Pippo tinha vindo a falar nos dias anteriores que queria ir ver os Hipódromos de Firenze, ao qual a resposta consistia sempre no mesmo “És mas é maluco! Isso fica no fim do Mundo!”. Pois bem, um belo tempo depois de termos consultado o mapa e de termos acertado o nosso rumo ao Hostel, passamos pelos malvados Hipódromos. Isto leva-nos a querer que todo o dia foi manipulado por parte de Pippo só para conseguir ver uns hipódromos. Para que se veja o quão descabida foi a volta que fomos dar, a meio da viagem um cão abandonado ainda nos seguiu e fez companhia, mas mesmo o coitado do animal sem rumo na vida desistiu de nos seguir, grande itinerário Pippo!
Após a longa jornada que foi para chegar até aos hipódromos ainda nos passou pela cabeça “Ah e tal… Isto até deve ser giro, ver uns cavalitos a correr”. E qual não é a surpresa quando vislumbramos precisamente zero cavalos! Mas pronto… “Há ali um hipódromo gigante, é uma coisa que não há em Portugal… Sempre é diferente”, e mais uma surpresa para quem assim pensou! Porquê? Não conseguimos ver “niente”! Hipódromo fechado e com vegetação junto à vedação bastante alta, permitindo-nos ver para aí 5% do estabelecimento, apenas conseguimos ver um hipódromo pequeníssimo em que a nossa reacção quando vimos foi “Tão mas… É isto?”, uma vez mais… Obrigado Pippo! Valeu mesmo a pena participar neste itinerário!
Artigo publicado por: FettuccineTeam - Alfreddo Michel Ângelo